26/09/2011

MORRER EM VÃO

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Ontem à noite eu morri novamente,
quem diz que a morte não dói certamente nunca morreu,
mas entenda,
não quero te ver novamente.
Teus olhos nebulosos,
voz macia e perturbadora,
me chamava pelo nome e com fome, muita fome.
Com uma estaca no peito me derrubou ao chão
mas não sangrou.

Abriu um buraco que doía como a picada da serpente,
a morte me abraçou e queria me levar com ela,
lutei de peito aberto, me entreguei e te vi.
Não podia sobreviver,
mas sobrevivi.
Em meu peito a ferida se fechou,
mas o buraco no coração que não sangrou
ainda esta aberto e o frio por ele pode entrar.

Sinto frio.

Sei que já passou,
tudo aconteceu como deveria
e sei que um dia
te encontrarei novamente.
Morte me espere,
pois desta vez, eu que te levarei comigo
para toda a eternidade.

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