Ele está Perdido

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Mais um dia, mais uma tarde, mais uma noite,
Sentindo o coração batendo, o sangue gelando, a cabeça cansada,
Nada do que já passou faz sentido novamente,
o passado não se faz mais presente.

Incognito, vivendo como um indigente no coração de alguem,
um qualquer enterrado em uma cova raza, sem nome ou sobrenome,
só um cara encontrado caido num beco escuro e levado pra um abrigo
mas quem o abriga?

O corpo cansado, uma mente que já nao mais raciocina,
o peso da alma puxa pra baixo e ele nao quer reagir.
Sabe que a vontade de sair e se salvar não esta nos planos
Apenas vive, um dia após o outro

Apenas sobrevive a espera do dia que esta chegando.

Junho

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Junho de 2011, Esse mês pretendo me esquecer,
tanta coisa na cabeça, tantos problemas, tantas contradições,
quanta coisa chata.
Um infarto não viria em má hora,
depois da despedida de uma companheira
veio a entrega de meu destino,
e o que ainda esta por vir, será pior???
Prefiro não pensar, esta não mãos de Deus
e de ninguem mais.
...E o MEU medo de ter medo de ter medo
Não faz da minha força confusão....
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Mais uma Dose, por que a vida é assim???

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Com a cabeça cansada, pesada, anestesiada

o corpo já não reage, a vontade que da é de ir ao chão e não mais levantar

os sentidos não fazem mais sentido

tudo irrita, tudo estressa.



Como seria bom um banho quente, um chocolate morno e um abraço apertado,



Não agüentando mais esse barulho infernal que me atrapalha o dia

Tudo me vem incomodando, poluição visual, sonora e mental

Por que passar por tudo isso se uma dose de veneno libertaria a mente para voar



Um gole é tudo que peço, um pouco de amor engarrafado

quero aquilo que o corpo precisa e a alma clama desesperadamente.



Saudade de tudo que não vi, de tudo que aprendi e tudo o que esqueci



Garçom, uma dose de carinho por favor, e não esqueça da tequila.

desce rasgando a garganta, esquentando o coração até chegar ao estomago,

uma paz interior imensa, e derrepente como o amor, tudo volta

sobe amargo, indigesto, faz a vida parecer um imenso vazio e salta boca a fora.



Não esqueça o veneno por favor

ele é que vai fazer tudo valer a pena,

Mas qual é a palavra?

Existência, é isso o que resume a vida, uma simples e curta passagem,

uma passagem de ida e volta, com data marcada, e sem direito de adiamento.



Viver sempre, mas sem esquecer o veneno,

ele corre nas veias e acalma o corpo.

Desse veneno eu quero ate o ultimo gole.

Fofinha, cachorinha não, companheira de uma vida, sim.

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...Porque foi calma a tempestade,
E tua lembrança, a estrela a me guiar...




(Fofinha, meu anjo da Guarda - 1996/2011)